30.7.11

  Ovos Kinder tornam-se cigarros. Inocentes viram vadias. Dever de casa vai pro lixo. Telemóveis conectados no facebook durante a aula. Detenção se transforma em suspensão. Sumo se torna vodka. Bicicletas viram carros. Beijos viram sexo. Vocês se lembram de quando usar proteção era botar um capacete? De quando a pior coisa que você poderia levar de garotos eram coceguinhas? De quando os ombros do pai eram o lugar mais alto e inatingível e mamãe era nossa heroína? Aliás, lembram-se de quando heroína era apenas o feminino de herói? De quando seu pior inimigo era seu irmão? De quando war era só um jogo de cartas? De quando a única droga que você conhecia era remédio pra tosse? De quando remédio pra tosse era realmente usado pra curar tosse? De quando usar uma saia não te transformava numa vadia? A maior dor que você sentia era quando ralava os joelhos e os “adeus” duravam só até o amanhecer de outro dia. E nós que não podiamos esperar por crescer?

2.7.11

força graviticional ou amor?

É um caso que me enrola, que me deixa louca. Me faz chorar de desespero, me faz fazer planos e articular situações. Eu não sei se fujo ou se corro atrás. É um caso que eu já nem sei se era pra acontecer mesmo, é um caso que eu já nem sei se quero que aconteça novamente. É um caso com tantas brigas, tantas complicações, misturado com tantos beijos, com tantas emoções. Quem sabe, a única explicação pra eu não conseguir pular pra fora disso tudo, é que quando eu pego impulso pra saltar, alguma força gravitacional me puxa pro chão. Talvez teimosia, destino, ou até mesmo amor.

1.7.11

Tudo por mim, tudo sobre mim

Resolvi ignorar as pessoas, os sentimentos e principalmente as palavras. O motivo? Bom, pessoas mentem e nem sempre são confiáveis
como você pensa. Sentimentos vêm e vão toda hora, hoje diz que me ama, amanhã diz o mesmo pra outra pessoa. Palavras são apenas palavras, e pra alguns isso não vale muita coisa. Então decidi deixar pra trás pessoas que me magoaram, sentimentos que não me fizeram bem e palavras ditas da boca pra fora. E sabe o melhor disso tudo? Sinto-me leve, como se tivesse tirado um peso enorme das costas, e de facto, eu tirei… Agora é tudo por mim, é tudo sobre mim! E sem pensar duas vezes desprezarei qualquer tipo de contacto, demonstração de afecto e palavras de carinho; espero que assim tudo fique mais fácil e se não ficar, mudo de novo, e de novo.